Mas bastaram apenas duas derrotas para que a equipe fosse colocada em xeque. Os tropeços diante de Estados Unidos e Rússia pela Liga Mundial no Maracanãzinho lotado, aliados a problemas fora da quadra, trouxeram a equipe de volta à realidade.
"Os adversários acreditam mais do que nunca que podem bater o Brasil", disse o técnico Bernardinho assim que chegou a Pequim para a disputa dos Jogos Olímpicos. "Mas nós temos uma missão a ser cumprida", completou o treinador.
Em Pequim, a seleção tem a chance de provar que ainda se mantém no topo. O primeiro passo dessa caminhada será dado neste domingo, às 3h30 (de Brasília), contra o frágil Egito. Depois, o time encarará pedreiras: Sérvia, Rússia, Polônia e Alemanha.
A seleção deve entrar em quadra com os pontas Giba e Dante, os centrais Gustavo e Rodrigão, o levantador Marcelinho, o oposto André Nascimento e o líbero Escadinha.
A preparação, entretanto, foi marcada por uma ríspida discussão entre o técnico Bernardinho e o meio-de-rede Gustavo. O treinador tratou logo de minimizar o fato.
"A repercussão foi maior do que deveria ser. Mas, enfim, é normal. Isso é resultado da popularidade da história. Não houve nada de novo, nada de anormal, tudo dentro da rotina do que a gente sempre fez", disse o treinador.
Mas a situação vivida pelo Brasil se reflete no tratamento dado à equipe. Em Atenas-2004, Bernardinho foi convidado a dar palestras a outras equipes da delegação brasileira. Em Pequim, até agora não foi chamado. "As pessoas viram que eu não tenho uma varinha de condão", reconhece.
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