quinta-feira, 21 de agosto de 2008

GLOBO ESPORTE:Como em Atenas, Brasil prepara arrancada final por medalhas

Por causa dos esportes coletivos, brasileiros sobem ao pódio com mais freqüência nos últimos dias de competição olímpica

Se o quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos fosse uma maratona e a delegação brasileira estivesse representada por um atleta, o país passaria boa parte da disputa no pelotão intermediário, entre a 30ª e a 40ª posições. Nos quilômetros finais, porém, o Brasil daria uma arrancada final que o elevaria até os 20 primeiros colocados.

A analogia serve para mostrar que o momento de melhor desempenho do Brasil se concentra nos dias finais das Olimpíadas. Foi assim em Atenas-2004 e se encaminha para ser da mesma maneira em Pequim. Por isso, apesar de restarem apenas três dias para o fim dos Jogos, ainda é cedo para dizer que a participação verde-amarela na China foi um fiasco.

A explicação é simples: as maiores chances de medalha do país estão nos esportes coletivos, cujas finais são concentradas nos últimos dias de disputa. Enquanto as primeiras medalhas eram conquistadas no judô, vela e natação, as equipes de futebol, vôlei e vôlei de praia avançavam rumo à disputa por lugares no pódio.
Neste último dia de competições, perdemos a primeira oportunidade de subir ao pódio com Renata e Talita na decisão pelo bronze do vôlei de praia. No futebol feminino, a doída derrota para os Estados Unidos nos tirou um ouro. Chegamos ao 14º dia com oito medalhas – um ouro, duas pratas e cinco bronzes. Mais sete insígnias de cores distintas poderão vir, quase que dobrando o desempenho brasileiro.

Duas estão garantidas. Márcio e Fábio Luiz, no vôlei de praia, e as meninas de Zé Roberto Guimarães estão na decisão pelo ouro. Se superarem a Itália na semifinal, o time de Bernardinho se junta à turma. Ricardo e Emanuel e o malfadado time de Dunga lutam pelo consolo do bronze. Não se pode esquecer do atletismo, com Maurren Maggi favoritíssima ao pódio na final do salto em distância, do taekwondo, com a campeã mundial Natália Falavigna.



Se voltarmos a falar de maratona, porque não incluir Marílson Gomes dos Santos como candidato ao pódio na prova que encerra a programação do atletismo? Tirando alguma agradável surpresa, o Brasil deverá ficar por aí. Chegaríamos a 16 medalhas, superando as 15 da campanha nos Jogos de Atlanta-1996 (três ouros, três pratas e nove bronzes) e, quem sabe, os cinco ouros de Atenas.

Nenhum comentário:

Arquivo do blog